sábado, 29 de outubro de 2011

Depois do Funeral, de Agatha Christie

Título Original: 
After the funeral
Autor: 
Agatha Christie
Origem: 
EUA
Tradução: 
Eliane Fontinelle
Editora: 
Círculo do Livro
Ano: 
1953


Na mansão dos Abernethie, após a morte do patriarca, o advogado da família, sr. Entwhistle, procede à leitura do testamento. Quando ele está prestes a revelar como a herança será dividida, uma frase dita pela irmã do falecido milionário deixa todos pasmos: "Mas ele foi assassinando, não foi?". Até então ninguém questionara as causas naturais da sua morte. A situação se agrava em seguida com o assassinato violento de um dos presentes na leitura do testamento... Só resta uma saída ao sr. Entwhistle: ligar para o velho amigo Hercule Poirot.

(texto retirado da contracapa)



Eu nunca acerto o assassino, é impressionante. Penso em todos os personagens possíveis (até no detetive), mas nunca no verdadeiro assassino. A única vez que eu acertei, a história não tinha muito sentido e não era tão boa, e eu só acertei UM dos assassinos (porque eles às vezes têm cúmplices). De resto, nunca, nem uma vez. E isto não é o que me deixa mais frustrada: o que me indigna é saber que Agatha Christie escrevia por passatempo e não por profissão. Enquanto seu marido arqueólogo ia para as escavações, Agatha escrevia magníficos romances policiais com seus detetives Hercule Poirot (meu herói) e Miss Marple (não gosto muito dela, acho que ela é uma velhinha perdida no mundo) ou com personagens diferentes em cada livro para simplesmente passar o tempo. Independente do que seja, a solução do mistério é impressionante (e deixa Scooby-Doo na sola do chinelo). 
Não vou comentar muito sobre este livro, porque vou revelar dicas importantes sobre o assassino. Direi apenas que quem resolverá este mistério é Hercule Poirot, com seu jeitinho calmo e aparência simples, em nada semelhante com Sherlock Holmes que aparece sempre ousado e boa-pinta (pelo menos no filme). Ele é contratado para desvendar o assassinato de uma senhora rica pertencente a uma família que acabara de sofrer uma perda de outro parente (que também é suspeito de ter sido assassinado). Todos parecem ser suspeitos (e eu desconfiei de cada um, menos do assassino). Com uma lógica assustadoramente simples, ele vai eliminando uma a um, aproximando-se cautelosamente do culpado e (sem que o leitor perceba) já sabe quais serão s passos do assassino antes mesmo de saber quem ele é (ou talvez Poirot sabia quem é, mas não deixa isto transparecer). Cada detalhezinho não escapa à sua mente aguçada, desde um simples comentário corriqueiro até as ações do criminoso. 
Neste livro, Agatha Christie me surpreendeu com sua criatividade. Tenho que elogiar Hercule Poirot, mas também o grande vilão da história que, para desviar a atenção e as suspeitas que recaiam sobre ele, fez coisas sobre-humanas. Meus parabéns para a autora pela sua capacidade de criar um detetive “pateticamente” inteligente e um assassino “delicadamente” lunático.

Um comentário:

Aveline Calixto disse...

eu amo os livros da Agatha Cristie, porém esse ainda não tive a oportunidade de ler, fiquei curiosa!! adorei o seu blog!!!
Tenho um também... www.avelinecalixto.blogspot.com.br

beijinhos.

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