quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Queda de Gigantes, de Ken Follett


Cinco famílias, cinco países e cinco destinos marcados por um período dramático da história. Queda de Gigantes, o primeiro volume da trilogia O Século, do consagrado Ken Follett, começa no despertar do século XX, quando ventos de mudança ameaçam o frágil equilíbrio de forças existente - as potências da Europa estão prestes a entrar em guerra, os trabalhadores não aguentam mais ser explorados pela aristocracia e as mulheres clamam por seus direitos. De maneira brilhante, Follett constrói sua trama entrelaçando as vidas de personagens fictícios e reais, como o rei Jorge V, o Kaiser Guilherme, o presidente Woodrow Wilson, o parlamentar Winston Churchill e os revolucionários Lênin e Trótski. O resultado é uma envolvente lição de história, contada da perspectiva das pessoas comuns, que lutaram nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, ajudaram a fazer a Revolução Russa e tornaram real o sonho do sufrágio feminino. Ao descrever a saga de famílias de diferentes origens - uma inglesa, uma galesa, uma russa, uma americana e uma alemã -, o autor apresenta os fatos sob os mais diversos pontos de vista. Na Grã-Bretanha, o destino dos Williams, uma família de mineradores de Gales do Sul, acaba irremediavelmente ligado por amor e ódio ao dos aristocráticos Fitzherberts, proprietários da mina de carvão onde Billy Williams vai trabalhar aos 13 anos e donos da bela mansão em que sua irmã, Ethel, é governanta. Na Rússia, dois irmãos órfãos, Grigori e Lev Peshkov, seguem rumos opostos em busca de um futuro melhor. Um deles vai atrás do sonho americano e o outro se junta à revolução bolchevique. A guerra interfere na vida de todos. O alemão Walter von Ulrich tem que se separar de seu amor, lady Maud, e ainda lutar contra o irmão dela, o conde Fitz. Nem mesmo o americano Gus Dewar, o assessor do presidente Wilson que sempre trabalhou pela paz, escapa dos horrores da frente de batalha. 
(texto retirado da contracapa)


Queda de Gigantes é dividida em três partes: antes da guerra, durante e depois que ela acaba. O livro conta como ocorreu a guerra do ponto de vistas de vários personagens diferentes, partindo de um personagem para outro, contando o que cada um está vendo e sentindo no meio da Primeira Guerra Mundial. 
Existem oito personagens principais: William Williams (mais conhecido por Billy, com quem começa a história, um galês mirim decidido e confiante), Ethel Williams (a irmã de Billy, feminista, carismática e cheia de auto-estima e orgulho), Conde Fitzherberts (ou apenas Fitz, um inglês lindo e charmoso, mas muito preocupado com a própria honra e os costumes do país), Lady Maud (irmã de Fitz, feminista e apaixonada, o oposto do irmão), Walter von Ulrich (amigo de Fitz e de Maud, com muitas aspas no “amigo de Maud”. É um alemão encantador, inteligente e cheio de problemas com o pai patriota extremo), Grigori Peshkov (russo honesto e ingênuo que sonha em ir para os Estados Unidos), Lev Peshkov (irmão de Grigori, tão charmoso e galante quanto bêbado, encrenqueiro e sem-vergonha) e Gus Dewar (americano ligado diretamente ao governo, inocente, pacifista e um tanto ingênuo). 
Quando começa, Billy está preste a começar a trabalhar em uma mina de carvão pertencente ao Conde Fitzherberts, que está prestes a receber o rei e a rainha da Inglaterra em sua mansão em Gales, onde Ethel Williams é recentemente promovida à governanta. Assim que Fitz chega de sua casa em Londres e conhece Ethel, bem... Já dá para imaginar o que acontece, mas não vou dizer. Quem chega junto com o conde é sua irmã Maud, um tanto mal vista pela sociedade por ser feminista e exigir os direitos da mulher, e Walter von Ulrich, amigo de faculdade de Fitz. Maud e Walter escondem de todos que estão apaixonados e mantêm um caso, com exceção de Ethel, que é grande amiga de Maud. A visita do rei e da rainha promete desencadear vários acontecimentos que mudarão a mente e a ideia de política dos galeses que vivem na região (interessantíssima esta parte). 
Já do outro lado da Europa, Grigori Peshkov trabalha em uma fábrica e junta dinheiro para correr atrás do sonho americano e ter uma vida bem melhor longe da Rússia. Órfão desde pequeno, tem que cuidar do irmão mais novo, que mais parece um imã que atrai mulheres, encrenca e bebida. Porém, quando uma belíssima (mas um pouco vadia) jovem aparece em sua vida e Lev passa dos limites em uma de suas besteiras, a vida de Grigori não segue exatamente como ele imaginava. 
E do outro lado do Oceano Atlântico, Gus Dewar consegue um emprego invejável para muitos americanos: assessor do presidente dos Estados Unidos. Ele é um pouco inseguro e ainda acredita que o mundo pode se tornar um lugar perfeito, o que o exaspera quando os Estados Unidos começam a se envolver no conflito que se forma na Europa. 
Todos os personagens são gravemente afetados pela guerra que se forma bem abaixo de seus narizes. Uns partem para a batalha, outros formam novas brigas, alguns tentam escapas de todas elas. De uma forma ou de outra, todos estão conectados por um único motivo: a Guerra. 
E eu parabenizo muito o autor Ken Follet pelo modo como vai saindo de um personagem e ingressando em outro. Uma hora você está torcendo para que os ingleses acabem com os alemães, na outra, torcendo para que os galeses acabem com os russos, depois está torcendo para que os alemães destruam os franceses, e depois inverte tudo. A paixão que cada personagem expressa em cada momento dos acontecimentos ou conflitos é tamanha que você não sabe para quem torcer durante a história inteira e isto foi muito profissional do escritor. Obviamente, houve um trecho ou outro que eu não concordei (fiquei magoada com uma parte...), mas o livro inteiro é puro amor, conflito entre interesses, perdas, desespero, dor, alegria e... Bem, isto está um pouco contraditório, mas como já disse, conforme o autor parte de um personagem para outro, não há como saber para quem torcer! Você quer torcer por todos eles! 
Adorei o livro e espero ansiosa pelo próximo que, segundo consta na orelha, será sobre a Segunda Guerra Mundial vista a partir do ponto de vista da nova geração dos personagens antigos (ideia extraordinária!).

Um comentário:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Gabi!

Se você gostou desse (e é mesmo muito bom, eu amei!), também recomendo Os Pilares da Terra (que tem uma série de TV, disponível agora em DVD também muito boa) e Mundo Sem Fim. Só li esses dele, mas já ouvi dizer que os romances de espionagem dele também são muito bons. è que esses são históricos, que eu prefiro.

Beijos!

Fernanda

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