sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado

Foto da capa Gabriela, cravo e canela.
Exclusivo do blog.

Título Original: 
Gabriela, cravo e canela
Autor: 
Jorge Amado
Origem: 
Brasil
Tradução: 
*livro nacional*
Editora: 
Companhia das Letras
Ano: 
1958

O amor de Gabriela e seu Nacib se desenrola em um cenário marcado pelas transformações na política. Ilhéus, cidade baiana onde acontece a história, é ainda dominada pelos coronéis e seus jagunços, porém, com a chegada do carismático Mundo Falcão e de suas idéias revolucionárias, a posse do poder pode começar a mudar um pouco. Obviamente, quando li a orelha com esta informação, já criei uma inimizade precoce contra Mundo: “mas o que esse enxerido está se metendo nas tradições.” Não que eu seja tradicionalista, mas gosto das coisas como elas são. Porém, quando a história começa e é mostrada uma Ilhéus atrasada, necessitada e sem investimento e Mundo Falcão aparece com planos para transformá-la em uma grande cidade, passei a idolatrar todo o carisma e dedicação do personagem e adquiri um ódio cego contra todos os coronéis (que, além de submeterem toda a população, traiam suas esposas na cara dura! Para mim, traição é imperdoável!). O cenário de conflitos entre a revolução e o tradicionalismo toda conta de Ilhéus, enquanto o povo se divide para eleger seu próximo governante.

Abaixo desta briga toda, está um árabe naturalizado brasileiro chamado Nacib. Ele tem bar muito movimentado na cidade, porém acaba de perder sua cozinheira, o que o exaspera. Por mais que procure, não encontra ninguém para substituí-la.
Do outro lado da cidade, um grupo de migrantes do sertão se aproxima de Ilhéus para encontrar uma vida melhor e entre eles está uma jovem chamada Gabriela (sabe Deus o resto do nome). Quando chegam à cidade, Gabriela então é encontrada por Nacib ao acaso, que a leva para sua casa como cozinheira.
Gabriela revela-se então uma cozinheira de mão cheia e, em pouquíssimo tempo, a movimentação no bar de Nacib cresce espetacularmente. Entretanto, um dia, quando Nacib voltava para casa, encontra Gabriela dormindo em uma poltrona, que tinha acabado de tomar banho. Lembro até agora das palavras: “cheiro de cravo, cor de canela”. Era isto o que Nacib viu no meio de sua sala.
Não demorou muito a Nacib se apaixonar perdidamente por Gabriela. Porém, esta última se revela um pouco insegura, sem muita opinião própria, querendo sempre agradar os outros mas nunca sabe o que quer da vida (não é uma digna Gabriela rs brincadeira).
Por enquanto, eu só li dois livros de Jorge Amado. Ambos são ótimos, mas “Gabriela, cravo e canela” foi simplesmente um espetáculo (não sei se era porque tinha meu nome ou porque é sensacional mesmo). Ele descria tão bem no livro que as comidas preparadas pela personagem principal enchiam minha boca de água (um dia eu ainda como aquela moqueca). Só tenho a parabenizar o autor (que infelizmente já não está entre nós. Jorge Amado veio a falecer em 2001, mas infelizmente eu era jovem demais para entender a gravidade da notícia e a perda para a literatura brasileira) e um dia, meu sonho é ter todas as obras do escritor.  

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