terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Dia do Chacal, de Frederick Forsyth


Foto da capa O Dia do Chacal.
Exclusivo do blog.

Título Original: 
The Day of the Jackal
Autor: 
Frederick Forsyth
Origem: 
Inglaterra
Tradução: 
Pinheiro de Lemos
Editora: 
Record
Ano: 
2001



No dia 11 de março de 1963, o Tenente-Coronel Jean-Marie Bastien-Thiry, da Organização do Exército Secreto (OES), foi executado por um pelotão de fuzilamento. A última tentativa de assassinar o Presidente De Gaulle tinha falhado, e, como ela, desmoronava toda a capacidade da OES de ser instrumento de crime político. Nada do que acontecia dentro das suas fileiras ficava mais do que algumas horas desconhecido das autoridades de segurança da França. Foi então que os chefes restantes da OES lançaram o Plano Chacal. Haveria uma explicação de ordem política para a extraordinária onda de assaltos a bancos e joalherias que se abateu sobre a França algumas semanas depois? Por que os chefes da OES se esconderam sob forte guarda num hotel de Roma, sem ir uma só vez à rua? Qual a relação de tudo isso com o desaparecimento dos passaportes de dois inocentes turistas em Londres? Quem era o risco de segurança nas reuniões de uma comissão das mais altas autoridades da França? Como se envolveram no caso a Scotland Yard, o Serviço Secreto inglês, o Foreign Office e até o Primeiro-Ministro da Inglaterra? 
Tudo isso se explica no decurso desta empolgante história, cheia de emoção e suspense, em que se conta como um assassino profissional, conhecido pelo nome de Chacal, esteve literalmente a um centímetro de assassinar Charles de Gaulle e de talvez dar novo rumo à história do mundo. 
(texto retirado da contracapa)


Se este não foi o livro mais emocionante que eu li, está entre os mais empolgantes. Logo no início, uma tentativa de assassinar o presidente da França que dá errado e uma execução (começou a mil). Depois, os chefes da OES – Marc Rodin, André Casson e René Montclair – se reúnem em um hotel em Roma para discutir como eliminariam o presidente. Porém, eles precisavam de alguém de fora da OES, já que tudo o que se passava nela logo era conhecido pela polícia: eles precisavam de um assassino profissional, um mercenário. Eis que entra em cena o misterioso Chacal: um inglês louro e charmoso, frívolo, calculista, obcecado por seus objetivos e muito, mas MUITO inteligente. 
Assim que ele entre no hotel onde estão “escondidos” os chefes da OES, demonstra o quanto é perspicaz e profissional: quando estava parado no corredor do quarto, descobre apenas observando o local onde o segurança brutamontes dos chefes estava escondido. Após o acertar seu preço com os chefes, Chacal então parte para sua missão: assassinar um presidente. 
Bem, como já leu ali em cima, Chacal não tem sucesso na sua missão. Entretanto, o livro vale muito a pena pelo modo como Chacal vai “driblando” a tão poderosa polícia francesa e o principal detetive da história, Claude Lebel. Claro, é preciso fazer jus ao comissário Lebel: muito astuto e rápido no raciocínio, é um detetive incrível e improvável, principalmente por sua... Aparência não transmitir confiança em ninguém. Porém, quando a ação da OES de contratar um mercenário foi descoberta e Lebel foi encarregado de descobrir quem era o assassino e onde ele agiria, o detetive nunca desistiu (mesmo quando Chacal parecia ter desistido da ação). 
Contudo, Chacal era bem mais esperto e, toda vez que Lebel estava a um passo de alcançá-lo, o assassino corria cem metros à sua frente. E é esta parte que surpreende qualquer um: as fugas. Os planos bolados por aquela mente criminosa chegam a ser irreais (no bom sentido, claro). Eram tão fantásticos e às vezes, tão óbvios, que me deixavam de boca aberta. Se for ler este livro, prepare-se para repetir muito a frase: “Como não pensei nisto antes?” (devo ter dito isto para mim mesma umas cem vezes durante o livro). 
E, apesar de ser um criminoso e o bandido da história, Chacal ganhou a minha admiração. Torcia muito para que ele conseguisse (mesmo sabendo que ele não conseguiria). Chacal com certeza é, sem sombra de dúvidas, um dos meus personagens favoritos de ficção (ou não. Quem sabe se o Chacal realmente não existiu?).

Um comentário:

Victor Carvalho disse...

aê galera , recomendo esse livro ..historia muito envolvente , bem planejada . o frio calculismo do Chacal é de tirar o sono . estou lendo ele pela 16ª vez

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