domingo, 23 de outubro de 2011

A Cidade do Sol, de Khlaled Husseini

Foto da capa A Cidade do Sol.
Exclusivo do blog.
Título Original: 
A Thousand Splendid Suns
Autor:
Khaled Hosseini
Origem:
Afeganistão
Tradução:
Maria Helena Rouanet
Editora:
Nova Fronteira
Ano:
2007

Na minha vida, poucas vezes fiquei tão emocionada com um livro. A cidade do sol é uma mistura de ficção e realidade, com pitadas de amor, dor e luta. 
A história da Mariam e Laila é contada em um cenário de guerras e repressões, quando a cidade de Cabul, no Afeganistão, passa por um momento negro de sua história. Apesar das duas mulheres e todos ao seu redor serem personagens fictícios, os acontecimentos do mundo realmente aconteceram. Ou seja, além de uma incrível “aula de história”, o livro também é uma envolvente saga de amor e superação. 

Como é sabido, o islamismo é uma religião que desvaloriza muito o sexo feminino. No livro, isto foi muito bem explorado pelo autor, pois ele cria a mulher “Mariam” – a seguidora dos costumes, submissa ao marido e as leis da religião – e a mulher “Laila” – a feminista, que luta pelos seus direitos e valores, buscando a liberdade de opinião e expressão. Mesmo com todas as diferenças, Laila e Mariam buscam a mesma coisa: sobreviver à guerra. 
Mariam, apesar de ter uma atitude de submissão feminina que eu detesto, é mais cativante do que Laila. Ela sofre durante a história inteira, sempre sendo maltratada e não conhecendo o que é o amor. Primeiro com sua mãe louca, depois com seu pai falso e por último com seu marido bruto. Ela só realmente conhece o que é sentir-se querida quando Laila entra em sua vida, tornando-se a sua primeira e única amiga. Sendo um harami, ou seja, uma bastarda, Mariam vivia com a mãe em uma casa longe de tudo e recebia a visita de seu pai uma vez por semana, que idolatrava acima de tudo. Mas determinados acontecimentos mudaram a visão que Mariam tinha do pai e ela acaba partindo de sua cidade natal para Cabul para casar-se com Rashid. No começo do casamento, ele mostra-se muito amável e benevolente, mas este carinho não demorou muito a passar e a pobre Mariam começar a sofrer os rotineiros mal-tratos. 
Na rua onde mora o “casal”, uma família acaba de ganhar uma nova integrante: a pequenina Laila. Graças ao pai intelectual, Laila torna-se uma menina muito esperta e, graças à (tristonha) mãe, muito bonita. Ela tem uma grande companheiro, Tariq, um menino que perdeu uma das pernas por pisar em uma bomba. Entretanto, conforme os dois crescem e a guerra piora, o desespero de nunca mais se verem leva-os a transformar a amizade em paixão. 
Quando a guerra chega ao seu auge, Tariq parte com os pais e deixa Laila para trás desolada. Depois de muito insistir, Laila convence os pais a partirem também, porém outro acontecimento terrível no livro leva Laila a casar-se com Rashid. 
Quando Laila é integrada à família, conflitos entre as duas mulheres são formados, mas as duas precisam ficar unidas para sobreviver à desgraça que é estar casada com Rashid. 
Eu sei que até agora só elogiei os autores dos meus posts, mas o agradecimento Khlaled Husseini é especial. A história de amor é linda, adorável, inigualável. E ele tem uma capacidade descritiva linda, fazendo com que o leitor sinta-se dentro do livro. 
Outro dos “Tops” (mas eu prometo criticar algum livro que eu li).

3 comentários:

Eliane Sartori disse...

Esse livro é muito bom. Li 2x!

May disse...

Esse livro é demais, emoção do começo ao fim. Amei *-*

Dany disse...

Este livro é maravilhoso.E pra quem gosta do gênero vai gostar muito também de "Cruzando o caminho do Sol" Autor: Corban Addison que é também maravilhoso.

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