sábado, 10 de dezembro de 2011

As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis

Foto da capa As Crônicas de Nárnia.
Exclusico do blog.
Título Original:
The Complete Chronicles of Narnia
Autor:
C. S. Lewis
Origem:
Inglaterra
Tradução:
Paulo Mendes Campos e Silêda Steuernagel
Editora:
Martins Fontes
Ano:
1950


O livro que aparece na foto é volume único, reunindo os sete livros que compõe As Crônicas de Nárnia. Por outro lado, eu nunca vi os livros sendo vendidos separadamente, afinal, são livros com não mais do que cem páginas. Então, apesar de ser um “tijolo” de tão grosso, é um livro muito rápido, com uma leitura muito fácil e prática. 

O primeiro livro chama-se O Sobrinho do Mago e contará como Nárnia foi criada. Os protagonistas são Digory (sim, é o mesmo velhinho que aparece no filme, porém ele era uma criança quando foi à Nárnia pela primeira vez), Poly (não, não é a governanta, apesar de ter achado isso da primeira vez), o tio de Digory chamado de tio André (um beberrão estúpido e tonto), Aslam (claro, foi ele quem criou Nárnia. Isso chega a ser muito óbvio) e a Feiticeira Branca (pois é, ela estava lá). Este primeiro volume pareceu ser mais fantasioso que os outros, e um pouco confuso, porém é muito curioso por mostrar como tudo começou e mostra como o guarda-roupa (a passagem para Nárnia) foi criado. Mas então você me pergunta: se Aslam criou Nárnia, por que ele criou a Feiticeira Branca? É no primeiro livro que está a resposta e eu não vou responder, só para você ler. 
O segundo livro chama-se O Leão, a Feiticeira e o guarda-roupa, mas eles não aparecem necessariamente nesta ordem. Os protagonistas são Pedro (o irmão mais velho, o líder, o “sensato”), Susana (a segunda irmã, a bonita, cuidadosa), Edmundo (o terceiro irmão, o infeliz, o insatisfeito) e Lúcia (a última irmã, a esperta, a curiosa). Lúcia é uma homenagem que C. S. Lewis faz para sua afilhada Lucy e isto é possível ler no começo deste livro, em que ele deixa uma bonita mensagem para ela. Os quatro estão fugindo da guerra que está arrasando Londres e viajando para o interior do país para morar com um professor misterioso. Não que eles tenham algum relacionamento, pois o professor é apenas um voluntário para receber os meninos e protegê-los enquanto a guerra está sobre a Inglaterra. Os quatro estão passam a morar temporariamente na mansão, grande e bonita, além de curiosamente mágica. Um dia, entretanto, esta mágica aparece por simples acaso: Lúcia entra em um guarda-roupa solitário e, inexplicavelmente, acaba entrando em uma floresta. É nesta floresta que ela conhece o Mr. Tumnus, um sátiro (ou fauno), que a leva para tomar chá. Na simples casinha da criatura fantástica, ela descobre que está em Nárnia, um mágico país que é dominado pela cruel Feiticeira Branca e que esta última está atrás de quatro humanos que, segundo uma antiga profecia, iriam livrar Nárnia de sua tirania. Os quatro irmãos então partem para Nárnia para ajudá-la a ser livre e feliz novamente, porém traições e perigos os esperam, assim como amigos leais e seres incríveis que o esperam há anos para lutarem ao seu lado. 
O terceiro livro chama-se O Cavalo e o Menino e tem como protagonista um menino órfão chamado Shasta, tão sonhador quanto ingênuo, e um cavalo metido chamado Bri, que se sente um grande guerreiro. A história se passa quando Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia ainda são reis em Nárnia (já adultos) e desconhecem completamente Shasta, que sofre nas mãos do “pai” adotivo. Um dia, chega à casa de Shasta um cavaleiro e um cavalo. Sozinho com o cavalo, Shasta descobre que este último sabe falar e pede a Shasta para libertá-lo. Juntos, os dois fogem e vão atrás do verdadeiro pai de Shasta. Durante sua jornada, eles conhecem vários amigos, várias verdades e várias mentiras. Acabam conhecendo os quatro reis de Nárnia e vários outros, além do Príncipe Corin, estranhamente parecido com Shasta. Será que ambos têm uma relação? 
O quarto livro chama-se O Príncipe Caspian e os protagonistas são nossos já conhecidos Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, porém agora adicionando o (belo) príncipe Caspian dos telmarino. Os quatro antigos reis estavam em nosso mundo quando final e misteriosamente retornam para Nárnia. Eles conhecem Trumpkin, um anão mal-humorado que diz a eles que se passaram mil e duzentos anos depois que eles desapareceram de Nárnia e agora este belo país estava dominado pelos telmarinos. Os seres fantásticos se esconderam, as árvores se recolheram e a magia em Nárnia pareceu se esvair quando Aslam também desapareceu. Na casa do anão, eles conhecem Caspian, que fora perseguido pelo tio que ocupara o trono dos telmarinos, sendo que o rei legítimo era Caspian. Para salvar Nárnia dos telmarinos e salvar até mesmo estes últimos de seu tirano, os quatro irmãos irão mostrar toda a sua coragem, inteligência e amor que os levaram a serem os melhores reis que Nárnia já teve. Um detalhe do livro: ao contrário do filme, Caspian e Susana nunca tiveram uma relação de amor. Na verdade eles se ignoravam por completo e, para ser bem sincera, Susana se torna uma garota insuportável neste livro. 
O quinto livro se chama As viagens do Peregrino da Alvorada. Desta vez, somente Edmundo e Lúcia voltam para Nárnia, pois Pedro e Susana no último livro recebem o comunicado de Aslam que eles não poderão voltar. Porém outro humano irá acompanhar os dois irmãos: o primo irritante deles, Eustáquio. Os três estavam em um quarto quando um estranho quadro na parede começa a se mover. O quarto então pé inundado e, quando os três conseguem nadar até a superfície, descobrem que estão em alto mar e um navio narniano os resgata. Não por coincidência, o capitão é Caspian, que está atrás dos sete amigos desaparecidos de seu pai. Sem saberem como voltar, os três ingressam na aventura. Nesta nova viagem, agora de aparência diferente por se tratar do mar, Edmundo, Lúcia e Eustáquio reverão antigos amigos e farão novos, além de terem algumas recaídas quando se trata do poder e dos tronos. Eustáquio aprenderá a ser uma pessoa melhor depois de grandes encrencas em que sua mente “fétida” o mete e verá que seus primos não são tão chatos quanto ele pensava. Este livro eu achei um pouco mais filosófico que os anteriores, não tenho certeza o porquê, mas foi um pouco mais “para-pensar”. 
O sexto livro chama-se A Cadeira de Prata e dos personagens anteriores, somente Eustáquio participa com uma amiga da escola chamada Jill Pole. Este foi o livro mais chato! Para você ter uma noção, eu nem lembro do que ele fala! Lembro que Eustáquio e Jill Pole acabaram chegando em Nárnia e encontraram Aslan. E só. A partir daí, não lembro o que fala. Desculpem... 
O sétimo e último livro chama-se A Última Batalha. O rei de Nárnia agora é Tirian e seu fiel companheiro é o unicórnio Precioso. É neste livro que todos voltarão: Digory, Poly, Pedro, Edmundo, Lúcia, Eustáquio e Jill. Susana não retorna, pois já não acredita mais que Nárnia existe (tonta! Sempre tem uma nos livros...). Os sete amigos de Nárnia como o grupo é conhecido ajudará Tristan a salvar Nárnia, pois ela está ameaçada por um macaco que se faz passar por Aslam com uma pele de leão. O eu aconteceu com Nárnia é contada neste livro e chega até a ser triste, mas bem pensado! 
Os sete livros de C. S. Lewis são maravilhosamente fantásticos, porém, pela primeira vez na minha vida, direi que os filmes são melhores que os livros. Estes últimos são muito velozes, são objetivos, não fazem suspense, não tem detalhes, não tem toda aquela descrição longa para o leitor ficar imaginando e sonhando... E isto, em minha opinião, é sempre um ponto desvantajoso para o autor. Ser muito objetivo não dá tempo para o leitor pensar no assunto e, quando ele dá por si, o livro já acabou. Neste ponto, C. S. Lewis falhou.
 Porém, em relação à história, o autor foi magnânimo (gostou da palavra?)! Não sei o que tinha na água dele, mas seja lá o que for, levou Lewis a outro mundo diversas vezes. Invejei muito a afilhada dele pelos livros que ela ganhou e pela personagem que ela representa, porque, apesar de ser um tanto infantil e ingênua, Lúcia tem a determinação que muitas mulheres gostariam. Não sei de onde os autores desta geração tiram tanta criatividade para criar estes mundos e estas histórias (mas que eu gostaria de saber, porque sou aspirante a ser escritora. Brincadeira! Nunca chegarei aos pés de Lewis!).

4 comentários:

Daniella Midori S. D. disse...

A Cadeira de Prata, se não me engano, é o livro em que o Eustáquio salva um príncipe que tinha sido capturado e enfeitiçado, preso numa cadeira de prata e que também aparecia como cavaleiro negro. Eu gostei desse XD Mas não sou muito fã dessa série, acho que a partir do terceiro livro ela saiu muito da linha e terminou mal. Não gosto do fim. Ele me soa muito... "Catequisador", sabe? Eu não gosto disso em livros de ficção. Misturou fantasia com religiosidade de uma forma parecida com escola.. Não ficou sutil. Eu até gosto quando a mensagem está subliminar mas neste ela é beeem clara... Mesmo assim, até o sexto livro tem coisas que eu gosto bastante! Meus favoritos são aqueles com o Príncipe Caspian e o 3º, com os gêmeos (se não me engano). E eu tenho 2 livros com a capa antiga e os outros 5 com a nova XD Na minha época só tinha à venda os 7 separados, e as capas eram mais bonitas...

Gabi Castro disse...

Oi Dani! Pois é, concordo com vc... O fim foi bem triste. Mas, até onde eu sei, "As Crônicas de Nárnia" é, basicamente, a bíblia para crianças. Cada livro representa uma passagem da bíblia, porém eu não sei qual é qual. O meu favorito foi A Viagem do Peregrino da Alvorada, porque é no mar então a história e bem diferente.
Gosto desta capa do leão, mas bem que podia ser uma pouco mais clara... Quer dizer, ter alguma coisa a mais.
Beijos!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Gabi!

Nárnia é demais. O meu também é volume único, mas em inglês, com Feiticeira Branca na capa. O da minha irmã é um grandão, todo colorido e ilustrado pelo autor. Adoro o livro, mas minha historinha preferida é Príncipe Caspian. Aliás, acho as melhores as dele mesmo.

E bota belo Príncipe nisso;D Se,mpre que penso no Ben Barnes, tenho que usar um babador XD... Mas ele tá melhor como Dorian Gray, bem mau (adoro os bad guys...). E concordo com você: os três filmes são melhores que os livros. São poucos os que eu falo isso.

Gabi, tem selinho pra você no blog! Passa lá pra pegar!

Beijos!



Ah! Antes que eu esqueça! Ainda há esperança para Alagaësia! Olha só: http://shurtugal.com/2011/12/10/first-post-inheritance-interview-with-christopher-tackles-book-4s-hot-topics-and-more/ Tá em inglês, mas manda ver no google tradutor. Como sei que você não se importa muito com spoilers, vai gostar!

Beijos!

Anônimo disse...

Um dos melhores de toda a história!!!

Perfeito!!

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