domingo, 11 de dezembro de 2011

O Sonho de Olympias, de Valerio Massimo Manfredi

Foto da capa O Sonho de Olympias.
Exclusivo do blog.
Título Original:
Il Figlio del Sogno
Autor:
Valerio Massimo Manfredi
Origem:
Itália
Tradução:
Mario Fondelli
Editora:
Rocco
Ano:
1998


Este livro é uma mistura de magia, cultura e história romantizada. Olympiass, mãe de Alexandre, dormia nos braços de seu marido Filipe, depois de uma noite de amor. De repente, ela acorda e vê uma cobra aproximando-se. Por algum motivo, ela não grita pelo marido e deixa a cobra subir pelo seu corpo. Depois ela sente o sêmen de seu marido se misturando com o sêmen da cobra e o líquido viscoso penetrando-a. Dias depois, ela descobre estar grávida e, nove meses mais tarde, nasce aquele que seria o maior rei dos macedônicos: Alexandre. 

O tempo se passa e o livro foca em como Alexandre foi educado e quem eram seus amigos. Mostra como ele conheceu Heféstion, que, segundo a lenda, tornou-se seu amante. Já vou estragar a graça: não tem nada disso no livro. Mostra também como ele ganhou seu poderoso cavalo Bucéfalo (nome lindo) e seu cão fiel e não tão conhecido Péritas (outro nome lindo). Mostra também a educação que recebeu do famoso Aristóteles, que se mostra um velhinho esperto e sentimental, e não o filósofo que falava frases profundas o tempo todo como eu imaginava. Durante toda esta parte em que Alexandre é treinado para ser rei, achei algo cansativo e entediante. Porém, quando Olympias aparece em cena, a coisa volta a ficar interessante. 
Diferente de antigamente, Olympias nutre agora um amor irado pelo... Quer dizer, contra seu marido, o rei Filipe. Eu não entendi bem o que aconteceu neste meio tempo para ela odiá-lo tanto, talvez fosse as várias amantes com quem Filipe se casou. Mas quando Olympias reaparece com toda a sua nova insanidade cega, ela tenta virar Alexandre contra Filipe. E é neste ponto que a história pega fogo, quando Olympias chama a atenção de Alexandre para a nova amante de seu pai, que está grávida. Olympias diz a seu filho que Filipe pode, se quiser, jogar Olympias no “olho da rua” e tornar esta nova e jovem mulher sua rainha e, consequentemente, Alexandre e sua irmã Cleópatra serão expulsos também. Alexandre perderia então o direito ao trono macedônico. 
E finalmente a história deixa de lado aquela chatice entediante de antes e começa a ficar mais intrigante quando Alexandre mostra como ele se tornou um rei famoso: usando toda a sua teimosia e força. Afinal, ele mostra o seu lado impetuoso e feroz que é tão conhecido, tomando uma atitude que pode torná-lo inimigo da coroa. 
Mas, como bem sabemos, ele tornar-se-á rei. Não vou contar como e nem o percurso que o leva até o poder, porque esta é a parte boa do livro. Mas qualquer um com um bom conhecimento de história (ou assistindo a filmes bobos por ai), sabe que o pai de Alexandre foi assassinado sabe-Deus-por-quem. Quando o rei é morto, é Aristóteles o encarregado de descobrir quem foi o autor enquanto Alexandre, já o novo rei, decidiu conquistar o mundo. 
Ele e todo o seu exército arte para conquistar terras nunca antes vistas e descobrir mistérios que rodam sua cabeça. Ele sabe que conquistará vitórias, derrotas, aliados, inimigos, verdades, ferimentos, ódio, respeito e fama quando sobe na proa de seu navio, mas é o sede por novas aventuras e terras que o leva a partir e se tornar um dos maiores reis que a história já viu: Alexandre, o Grande. 
Bem, eu quase contei a história inteira, deixando buracos para o leitor descobrir o que acorre no livro, mas foi principalmente porque não gostei muito deste livro (eu disse que falaria sobre um livro que eu não gostei). A parte da educação de Alexandre é muito chata, não acontece nada de mais. Fica apenas no: “oi como vai?”. Só melhora com os conflitos entre ele e seu pai. Mas quem realmente salva foi Olympiass com sua loucura. Em uma hora diz que o culpado pelo casamento conturbado é Filipe, em outra, ela se recusa a ficar no mesmo cômodo que ele. Eu não entendo esta mulher, mas gosto do jeito louco dela mesmo assim. 
O autor do livro, Valeiro Massimo Manfredi, fez uma ótima escolha quanto à história e adorei o modo como ele contou a história. Romance, em minha opinião, é muito mais interessante do que um livro não-ficção. Não é tão cansativo e as informações não acumulam, simplesmente acontecem. Mas em algum ponto ele pecou muito e a história ficou ruim. Dos três livros, este é o mais chato, porém os outros dois são praticamente iguais: contam as mesmas coisas. 
Bem, vale a pena ler porque é uma literatura italiana, o que não é comum e pode-se notar uma leve diferença na narração. E também pela história, o que é muito legal. Mas já aviso que em uma parte, dá vontade parar: não pare! A história melhora depois.

2 comentários:

Fefa Rodrigues disse...

OIeee de novo... li O SOnhod e Olimpyas e As Areias de Amon, que é o volume II e concordo com vc, tem horas em que a história fica meio chata... a verdade, acho que faltou um pouco de força... de vitalidade, e os dialogos são meio fracos, especialmente no livro II qd não tem mais a figura de Felipe...

Ainda acho que o COrnwell ou o IUggulden fariam melhor.... massss dá pra encarar né!!!

Gabi Castro disse...

É vdd! Eu já li os três livros, mas foi só para terminar de ler e ver o que acontecia no final... Acho que o autor podia ter explorado um pouco mais a história e torná-la menos... Filosófica. Mas deu pro gasto rs...

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