segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A menina que brincava com fogo, de Stieg Larsson


Título Original:
Flickan som lekte med elden
Autor(a):
Stieg Larsson
Origem:
Suécia
Tradução:
Dorothée de Bruchard
Editora:
Companhia das Letras
Ano:
2006

Lisbeth Salander é acusada de triplo assassinato, e a polícia está em seu encalço. A jovem hacker é esquiva, egoísta e pode ser muito violenta quando provocada. Mikael Blomkvist, editor-chefe da revista Millennium, sabe muito bem disso. Mas, ao contrário do restante da imprensa, que não se acanha em crucificá-la, ele acredita na inicência da moça.
Para ele, os homicídios relacionam-se a uma série de reportagens que a Millennium pretendia publicar sobre o tráfico de mulheres provenientes do leste Europeu. Um esquema de corrupção cujos tentáculos alcançam promotores, juízes, policiais e jornalistas. Lisbeth livrou Mikael da morte dois anos antes. Agora ele tem como retribuir.

Estava comentando outro dia com uma amiga sobre a saga Millenium quando decidi fazer uma postagem sobre o segundo volume. Na minha mais sincera opinião, é o melhor dos três, já que abre a misteriosa e fechada Lisbeth Salander e sua história. 
Um rápido flashback sobre o livro anterior: Mikael Blomkvist foi acusado de difamar um homem poderoso, Wennerström, mas um antigo empresário Henrik Vanger faz um acordo com ele: Mikael escrevia a biografia da família Henrik Vanger e descobriria que fim levou a sombrinha de Henrik, Harriet, e em troca receberia informações sobre Wennerström. Henrik chega a Mikael através de Lisbeth Salander, que trabalhava em uma agência de seguros, uma hacker inteligentíssima e antissocial. Com alguns contratempos, os dois acabam trabalhando juntos para chegar ao final do mistério, com assassinos, dinheiro e vários outros obstáculos absurdos pelo caminho. É neste meio tempo que Lisbeth, tão desprovida de sentimentos, acaba se apaixonando por Mikael, mas vê-se desiludida ao deparar-se com ele e sua colega-amante, Érica. Ao fim, Harriet não estava morta, na verdade, estava escondida em uma fazenda na Austrália com o pseudônimo de Anita, e Lisbeth consegue desviar milhões de Wennerström enquanto este é desmascarado por Mikael. 
Porém, novamente o destino colocou Lisbeth e Mikael na mesma encruzilhada. Blomkvist estava prestes a publicar em sua revista informações horrendas de tráfico de mulheres quando seus dois informantes são encontrados mortos. Mas o que realmente foi espantoso é o tutor de Lisbeth também aparecer assassinado com a mesma arma que trazia as digitais da nossa protagonista. Não só isto a coloca como a suspeita n° 1, mas ela tinha ótimos motivos para querer o tutor morto. 
Quem na verdade está por trás destes crimes é um velho conhecido de Lisbeth, que reapareceu para trazer os fantasmas de sua adolescência de volta. Não é à toa que Lisbeth é uma pessoa tão fechada, retraída e desconfiada: esta velha “alma penada” transformou Salander no que ela é hoje e fez de sua vida um inferno. Para livrar-se destas acusações e prender o verdadeiro vilão, Lisbeth terá que lidar bem mais do que a impressa que a crucifica como uma lésbica psicopata satânica: terá que lidar com segredos de Estado. 
E, apesar de ser independente, inteligente, persistente e vários outros “entes”, Lisbeth poderá contar com seu amigo Blomkvist, que realizará uma investigação própria, longe da polícia e da imprensa, apenas para ajudar quem um dia salvou sua vida. 
O mais interessante deste livro é como o autor, Stieg Larsson, consegue colocar tantas informações nas entrelinhas: o tráfico de mulheres, a corrupção, o abuso de autoridade e a manipulação de opiniões pela imprensa são apenas alguns dos temas que ele coloca em suas páginas. Poderíamos ficar por resenhas e mais resenhas comentando o que o autor traz, mas o principal é falar sobre como os dois protagonistas brilham neste novo volume da saga. Lisbeth, como sempre, uma heroína fora dos padrões (o que a torna uma das melhores personagens que passaram por mim) e Mikael, com sua astúcia e criatividade, “irá salvar o dia”. Novos personagens aparecerem, alguns bons, outros são verdadeiros monstros. 
Um livro magnífico e inspirador. Espero que todos aproveitem!

Um comentário:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Gabi!

Muito boa mesmo essa trilogia. Mas eu prefiro o primeiro, acho o melhor de todos. você viu os filmes? A versão sueca é melhor que a americana, mas ambos sõ muito bons, vale à pena. Louca pra ver o restante (a versão sueca está completa, mas não consigo achar os DVDs que restam. Eu tenho o primeriro, queria a coleção toda).

Beijos!

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