sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Amor em Terra de Chamas, de Jean Sasson

Capa do livro Amor em Terra de Chamas.

Título Original
Love in a torn land
Autor:
Jean Sasson
Origem:
EUA
Tradução:
Débora Guimarães Isidoro
Editora:
BestSeller
Ano:
2008


Quando Joanna al-Askari recebeu uma carta do homem que amava, não imaginava as alegrias e, principalmente, os desafios que esperavam por ela ao aceitar casar-se com ele e acompanhá-lo na luta pela independência do Curdistão.
Nessa incrível narrativa, Jean Sasson revela ao leitor uma personagem real e forte, que enfrenta as rígidas regras sociais de seu povo para viver intensamente uma história de amor pelo Curdistão e pelo guerrilheiro com quem se casa.

Você sabe o que é o Curdistão? Bem, os que não sabem vão logo pensar que se trata de um país semelhantes ao Afeganistão, Cazaquistão, Azerbaijão, Quirquistão... Acontece que o Curdistão nem é um país. Apesar de existirem os curdos (maior etnia sem pátria do mundo), o Curdistão é uma região entre a Turquia, Iraque, Irã, Síria, Armênia e Azerbaidjão, mas sem autonomia.   Depois do fim do império Turco-Otomano, formaram-se países como Turquia e Iraque, porém os curdos, sendo uma minoria, foram reprimidos. Desde então, grandes conflitos armados pedindo o nacionalismo curdo são travados nesta região.
E é nesta região de guerra, está Joanna al-Askari que sonha em se casar com Sarbast, um peshmerga (guerrilheiro curdo) e seguir na luta pelo Curdistão. No livro Amor em Terra de Chamas, será narrada pela autora Jean Sasson a história verídica de uma corajosa mulher sobre um cenário de conflitos e guerras que é ignorado pelo mundo.
Apesar de toda a seriedade da guerra, o tema principal é o amor de Joanna e Sarbast. Deixando de lado os sentimentos de Joanna e toda a história de amor, vou expressar minha sincera opinião: eu não me casaria com ele. Não porque ele seja um curdo (sendo que este povo estava sendo marcado para o extermínio) ou por que fosse covarde de enfrentar esta luta (apesar de realmente ser covarde). Eu não me casaria, desculpem os spoilers, pelo “fora” que ele lhe deu e, depois, pediu outra mulher em casamento. Desculpe, mas me deu um ódio de Sarbast. E o pior! No livro, não explica por que ele pediu outra em casamento, mas depois voltou atrás! O assunto é simplesmente deixado de lado. Este foi um ponto ruim, deveria ter aprofundado nesta parte (crucial) da vida do casal.   
Outro ponto ruim foi o modo como a autora escreveu. Não era um romance, estava mais para uma conversa entre amigos. Desculpem-me aqueles que gostam deste tipo de escrita, mas eu acho meio falho e cansativo. Faltam detalhes, algo que eu acho importantíssimo em um romance. Por ser tão direta e objetiva, a história perdeu um pouco da “magia”, não ficou tão emocionante e tão trágica como deveria ser um romance no meio da guerra. Se fosse estivesse na terceira pessoa e caracterizasse um pouco mais os acontecimentos, este seria um dos melhores livros que eu já li.
Mas, voltando ao livro, até que foi uma história muito interessante, porque aborda um assunto interessante. Antes de ler, eu ignorava completamente a existência de um povo que lutava e sofria pela sua pátria ainda inexistente. Não posso negar que até me sinto um pouco mal ao dizer isto, pois, enquanto eu escrevo no meu blog apenas por passatempo, tem milhares de pessoas morrendo pelo mundo por aquilo que ama e respeita. Como o livro é totalmente voltado para Joanna, a história dos curdos não é o tema principal, e você acaba sentindo mais pena da Joanna do que do povo dela, que sofre igual ou até mais.
Eu, sinceramente, não gostei muito do estilo desta autora, Jean Sasson. O modo como ela escreve é um pouco entediante. Então, os créditos para este livro ficam para Joanna al-Askari.
Impressionantemente, hoje eu não comentei muito sobre o livro em si, porque não tenho muito que comentar sobre ele. Só vou avisar que, logo no prólogo, a emoção dos conflitos e dos ataques toma conta do leitor. Joanna e Sarbast estão no meio de um atentado de um gás tóxico, quando Joanna perde sua máscara e acha que vai morrer. Depois volta para a infância dela e a história vai se arrastando... Mas ela melhora quando ela conhece seu marido. É um livro para ser lido quando se está a procura de uma história de amor ou verídica, mas não é muito indicado se você está à caça de um livro para ser surpreendido. Apesar de a história trazer grandes eventos, a narração não contribuiu.  

3 comentários:

Luiz Aarão disse...

Olá!!! Li o livro, muito interessante. Acabei aprendendo um pouco mais sobre o ditador Saddam Hussein.

Anônimo disse...

Achei essa crítica bastante injusta. O livro é MARAVILHOSO e é um dos meus preferidos. Não é chato e nem muito menos cansativo. É a vida dela, caramba! Quê que vc queria, que ela desse uma girada de repente e virasse a Mulher Maravilha? E quanto ao Sarbast... O livro diz sim pq ele terminou com a primeira namorada e ficou com a Joanna, vc é que não entendeu. Sugiro que leia de novo e não fique pulando partes.

Gabi Castro disse...

Bem, caro Anônimo. Entendo sua crítica para a minha crítica... Mas na verdade, isso é só a minha opinião. Quando eu escrevi esta postagem, sabia que alguém realmente não iria concordar comigo... (Minha mãe não concordou). Espero que me perdoe se eu te ofendi (quando alguém critica nossos livros favoritos, isto realmente é chato), mas queria deixar claro que eu só expus minha opinião... Talvez eu leia de novo e tenha outra visão da história, já que estou mais velha e mais madura.
Fico feliz que você tenha deixado sua opinião sobre o livro... Pode colocar seu nome, não deixe como anonimo. Gosto de conversar com as pessoas sobre os livros e gosto ainda mais quando as discussões ficam... Acaloradas. Sei que teremos muito o que conversar.
Por que nao segue o blog e participa das postagens?
Obrigada pela visita
Gabriela

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