sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E não sobrou nenhum, de Agatha Christie

Capa "E não sobrou nenhum"
Título Original
And then there were none
Autor
Agatha Christie
Origem:
Reino Unido
Tradução:
Renato Marques
Editora:
Globo
Ano:
1939


Diferentemente dos outros livros da Agatha Christie que eu li, este não tem um detetive para solucionar o mistério, nem mesmo meu herói Hercule Poirot. Bem, caso ele estivesse lá, provavelmente teria descoberto o assassino, mas a história não teria se tornado, disparada, a melhor que eu já da Rainha do Suspense.
Antes de começar a falar sobre a história, uma curiosidade importante: “E não sobrou nenhum” é o novo título dado à história, anteriormente denominada “O caso dos dez negrinhos”. Pessoalmente, a mudança do título foi um erro, pois contou o final da história (não sobrou ninguém), mas eu não sou a escritora nem a editora. Deixando as opiniões de lado, começamos a falar sobre o livro.
Coincidentemente, esta história lembra muito Lost, um seriado norte-americano onde um avião cai em uma misteriosa ilha que não permite que os sobreviventes escapem dela. Em “E não sobrou nenhum”, um grupo de oito pessoas, que desconheciam umas às outras, viajaram até uma ilha a convite de um milionário. O grupo é bem sortido, mas todos têm algo em comum: possuem algo obscuro no passado no qual eles querem esquecer, mas que vive rondando suas cabeças.  
Porém, misteriosamente, o dono da ilha não se encontrava nela e os meios de contato com o continente estavam desligados. Não havia como sair de lá. A casa era confortável e a ilha agradável, mas a única coisa suspeita era um estranho poema pregado na parede contando um caso de dez soldadinhos que foram morrendo aos poucos. Até esta parte, tudo bem. Não havia muitos problemas urgentes que exigiam medidas drásticas para sair, até que um integrante do grupo, Anthony Marston, é morto envenenado. O grupo sabe que, além deles e dos dois empregados da casa, não há mais ninguém na ilha, a não ser o homicida. Mas e se o assassino estiver entre eles?
Uma investigação louca entre o que sobrou do grupo começa, um desconfiando do outro. Ninguém vê um motivo para terem assassinado o rapaz Marston, talvez ele apenas tenha se engasgado com a bebida... Mas de repente, algo faz sentido no mistério:

Dez soldadinhos saem para jantar, a fome os move;
Um deles se engasgou, então sobraram nove.
Nove soldadinhos acordados até tarde, nenhum está afoito;
Um deles dormiu demais, então sobraram oito.
(texto retirado das páginas 50 e 51 do livro). 

A senhora Rogers, outra integrante do grupo, morreu enquanto dormia. Aos poucos, o grupo vai entendo que o assassino segue o poema pregado nas paredes dos quartos para cometer suas monstruosidades. Eles não sabem por que e nem como ele age sem que eles percebam. No momento, a pergunta mais importante é: quem será o próximo?
Como eu disse, este é disparado o melhor livro que eu já li da autora. A agonia que toma conta do leitor o prende do começo ao fim. Você desconfiará de todos, menos do assassino. Ele é esperto, calculista, frívolo, detalhista, perfeccionista... Um artista. Como o livro entrega logo neste título ridículo, ninguém sobreviverá, então posso entregar o final, que é a parte mais empolgante: se todos morrem, quem era o assassino?
Por mais que você se esforce, por mais que você olhe para todos os detalhes, por mais que você pense como um criminoso, jamais chegará a entender o que se passa na mente dos assassinos e dos detetives de Agatha Christie. Mesmo por que, se qualquer um conseguisse, ela não seria a Rainha do Suspense. Esta grande autora pensa em tudo, para não deixar que nenhuma ponta fique solta e escreve estas histórias fascinantes. Jamais me arrependi de algum livro que eu li dela... Entretanto, se você quer um verdadeiro livro de mistério, se você quer “O” livro da Agatha Christie, eu te recomendo “E não sobrou nenhum”.  

5 comentários:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Gabi!

Eu li um monte de livros dela, mas faz tanto tempo que nem me lembro mais. Esse eu li, mas não lembrava mais da história. Mas um que eu gostei bastante dela e que eu ainda lembro vagamente é A mansão Hollow. Neste também o assassino é bem inesperado, me surpreendeu mesmo. E tenho a maior vontade de viajar no Expresso do Oriente (que existe mesmo) só por causa do livro;D


Beijos!

Neyla Suzart disse...

Oi Gabi!!!
Eu quero muto ler esse livro, sou louca por Agatha Christie.Passei muito tempo procurando ele pelo nome antigo, só depois vim descobrir que havia modificado. Se não me engano tem ele na Avon ;)
Adorei a resenha!
Seguindo ;) Segue meu blog tb?
Bjoo ;*
http://coisasdemeninasarteiras.blogspot.com/

Gabi Castro disse...

Oi Fê e Neyla!

Fê, se tem um livro impressionante, que eu não esperava mesmooo que fosse o assassino é "Depois do Funeral"! Eu estou até agora boba com o final! Este livro que você citou eu ainda não li, mas pretendo (um dia, bem distante...) fazer uma coleção com todos os livros da Agatha Christie! Imagina, que sonho!

Neyla, sigo seu blog sim! Adorei! Quem sabe podemos fazer uma parceria hein? rsrsrsrs Seja bem vinda ao Abrindo os livros...!

Fefa Rodrigues disse...

Gabi, acredita que nunca li nada desta autora? Nossa, mas agora fiquei curiosa... vout entar encontrar esse livro!!

E será q a troca do titulo do livro foi uma dessas atitudes quet entam ser politicamente corretas e que as vezes acabam piorando a situação?

Gabi Castro disse...

Olá, Fefa! Como assim, nunca leu um livro da Agtah Christie! Que pecado! Então você nunca passou pelas fortes emoções destes suspenses maravilhosos!
Quandto ao título, não sei qual o motivo, só sei que eu odeie. Estragou tudo! kkkk Mas a história não foi alterada e é isso que importa rs!

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