Capa: Os últimos soldados da Guerra Fria |
Os últimos soldados da Guerra Fria
Autor
Fernando Morais
Origem:
Brasil
Tradução:
*livro nacional*
Editora:
Companhia das Letras
Ano:
2011
Organizações criminosas internacionais, aventuras mirabolantes, disfarces perfeitos, conquistas amorosas, agentes secretos em ações temerárias: este livro traz todos os elementos de suspense de um romance de espionagem — mas não contém uma só gota de ficção. É tudo verdade, nos mínimos e, eventualmente, aterradores detalhes.
A sensação de que lemos um romance vem não somente da história extraordinária, mas sobretudo da hábil narração do autor, que desvela, com maestria digna dos melhores ficcionistas e máximo compromisso jornalistico na apresentação dos fatos, uma trama transbordante de eventos jamais revelados pela imprensa.
A semelhança com James Bond, porém, não vai longe: há charme nem riqueza, mas a vida dura e pobre de homens que se dedicam à sua missão ante todo tipo de adverdidades. Uma história narrada com objetividade rigorosa, para ler de um fôlego.
(texto retirado da contracapa).
2011
Organizações criminosas internacionais, aventuras mirabolantes, disfarces perfeitos, conquistas amorosas, agentes secretos em ações temerárias: este livro traz todos os elementos de suspense de um romance de espionagem — mas não contém uma só gota de ficção. É tudo verdade, nos mínimos e, eventualmente, aterradores detalhes.
A sensação de que lemos um romance vem não somente da história extraordinária, mas sobretudo da hábil narração do autor, que desvela, com maestria digna dos melhores ficcionistas e máximo compromisso jornalistico na apresentação dos fatos, uma trama transbordante de eventos jamais revelados pela imprensa.
A semelhança com James Bond, porém, não vai longe: há charme nem riqueza, mas a vida dura e pobre de homens que se dedicam à sua missão ante todo tipo de adverdidades. Uma história narrada com objetividade rigorosa, para ler de um fôlego.
(texto retirado da contracapa).
Esta foi a leitura obrigatória do ano passado para o Ensino
Médio, mas eu, leitora assídua, lê-lo-ia de qualquer forma. Este deve ser o melhor
livro nacional da atualidade. E para os que concordam comigo, vou deixá-los
mortos de inveja: o autor deu uma palestra na minha escola (hua hua hua), dando
um ótimo exemplo de uma pessoa educada, culta e inteligente. Infelizmente, meu
professor de literatura (e obviamente, meu professor favorito) só levou um
amigo meu para cumprimentar o autor, que ainda por cima ganhou o livro A Ilha (do
mesmo autor), com dedicatória e o e-mail do Fernando Morais. Feriu meus
sentimentos (snif). Mas fazer o que?
Bem, isto não vem a caso, porque eu só comento livros e não
desilusões (snif snif). Vamos nos concentrar no livro (mas bem que o professor
podia ter me levado... Magoou. Rsrs).
Na palestra, o autor nos disse que a idéia surgiu em 1998,
enquanto ouvia o rádio com sua mulher e, entra aquelas rápidas notícias, surgiu
a informação de que agentes cubanos infiltrados nos EUA tinham sido pegos pelo
FBI. Foi muito rápido, mas Fernando Morais virou-se para sua mulher e disse: “Isto
daria um ótimo livro”. Olha no que deu!
Claro que sem sua influência e reputação, Fernando Morais
não teria acesso às informações mais confidenciais e nem conseguiria chegar aos
agentes presos, além do mercenário salvadorenho Raúl Ernesto Cruz León que se
tornou meu personagem favorito do livro. Cruz León fora contratado por um grupo
anticastrista para colocar bombas em hotéis de Havana para assustar turistas,
desestabilizando a economia cubana, mas não foi isso que mais chamou minha
atenção: o que mais me agradou nele foi a sua “paixão platônica” por Sylvester
Stallone e em como ele se baseava no seu ídolo em todos os atentados que
cometia (mas não pense que ele era um assassino impiedoso. Como diz o título do
capítulo em que ele aparece pela primeira vez, ele não queria matar ninguém,
apenas ser igual ao astro hollywoodiano).
O objetivo destes agentes era infiltrar-se nestas agências
anticastristas para comunicar ao governo cubano onde ocorreriam atentados em
Havana e impedi-los. O nome do grupo era Rede Vespa, com Gerardo Hernández como
líder. A missão da Rede Vespa era tão secreta que eles esconderam de todos o
que faziam e, para evitar-se uma traição no grupo, eles não conheciam uns aos
outros.
Todos eles fingiram desertar de Cuba e fugir para os Estados
Unidos como muitos outros cubanos fizeram antes para logo ganharem a confiança
dos líderes anticastristas e infiltrarem-se nas agências terroristas. Os dois agentes mais comentados são René
González e Juan Pablo Roque (apesar deste último, no fim do livro, praticamente
desaparecer), mas havia outros doze agentes infiltrados por toda a Flórida
(estado norte-americano mais próximo de Cuba onde se concentravam as agências).
O livro se concentrará principalmente neles, mas em alguns capítulos contará
outros eventos, como a história do Cruz León ou então quando Fidel Castro
contata Bill Clinton através de Gabriel García Márquez (ganhador do prêmio
Nobel de literatura e autor livro Cem anos de solidão, que eu terminei
recentemente). O livro narra, basicamente, como o país que mais expia no mundo tinha
espiões bem embaixo do seu nariz.
Voltando para a palestra, Fernando Morais explica como teve
acesso a todas as informações, como conseguiu chegar aos agentes, aos mercenários,
aos relatórios, às notícias, a tudo que envolveu este episódio (quer dizer, teve
acesso a uma boa parte dos acontecimentos que envolveram este episódio. Vai
saber o que foi oculto do autor...). E, só pelo tempo que decorreu desde a
prisão da Rede Vespa até o lançamento do livro, dá para ter uma noção do
trabalho que ele teve. O livro é bem fácil de ler, bem prático, não é cansativo
e o assunto, uma novidade, não é uma complexidade como eu havia pensado depois
de ler a contracapa – qualquer ser leigo irá entender. Os brasileiros que ainda
não leram, leiam! Como eu já disse, este é “O” livro nacional da atualidade.
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