Capa "E não sobrou nenhum" |
And then there were none
Autor
Agatha Christie
Origem:
Reino Unido
Tradução:
Renato Marques
Editora:
Globo
Ano:
1939
Diferentemente dos outros livros da Agatha Christie que eu li, este não tem um detetive para solucionar o mistério, nem mesmo meu herói Hercule Poirot. Bem, caso ele estivesse lá, provavelmente teria descoberto o assassino, mas a história não teria se tornado, disparada, a melhor que eu já da Rainha do Suspense.
1939
Diferentemente dos outros livros da Agatha Christie que eu li, este não tem um detetive para solucionar o mistério, nem mesmo meu herói Hercule Poirot. Bem, caso ele estivesse lá, provavelmente teria descoberto o assassino, mas a história não teria se tornado, disparada, a melhor que eu já da Rainha do Suspense.
Antes de começar a falar sobre a história, uma curiosidade
importante: “E não sobrou nenhum” é o novo título dado à história, anteriormente
denominada “O caso dos dez negrinhos”. Pessoalmente, a mudança do título foi um
erro, pois contou o final da história (não sobrou ninguém), mas eu não sou a
escritora nem a editora. Deixando as opiniões de lado, começamos a falar sobre o
livro.
Coincidentemente, esta história lembra muito Lost, um seriado norte-americano onde um
avião cai em uma misteriosa ilha que não permite que os sobreviventes escapem
dela. Em “E não sobrou nenhum”, um grupo de oito pessoas, que desconheciam umas
às outras, viajaram até uma ilha a convite de um milionário. O grupo é bem
sortido, mas todos têm algo em comum: possuem algo obscuro no passado no qual
eles querem esquecer, mas que vive rondando suas cabeças.
Porém, misteriosamente, o dono da ilha não se encontrava nela
e os meios de contato com o continente estavam desligados. Não havia como sair de
lá. A casa era confortável e a ilha agradável, mas a única coisa suspeita era
um estranho poema pregado na parede contando um caso de dez soldadinhos que
foram morrendo aos poucos. Até esta parte, tudo bem. Não havia muitos problemas
urgentes que exigiam medidas drásticas para sair, até que um integrante do
grupo, Anthony Marston, é morto envenenado. O grupo sabe que, além deles e dos
dois empregados da casa, não há mais ninguém na ilha, a não ser o homicida. Mas
e se o assassino estiver entre eles?
Uma investigação louca entre o que sobrou do grupo começa,
um desconfiando do outro. Ninguém vê um motivo para terem assassinado o rapaz
Marston, talvez ele apenas tenha se engasgado com a bebida... Mas de repente,
algo faz sentido no mistério:
Dez soldadinhos saem
para jantar, a fome os move;
Um deles se engasgou,
então sobraram nove.
Nove soldadinhos
acordados até tarde, nenhum está afoito;
Um deles dormiu demais, então sobraram oito.
(texto retirado das páginas 50 e 51 do livro).
A senhora Rogers, outra integrante do grupo, morreu enquanto
dormia. Aos poucos, o grupo vai entendo que o assassino segue o poema pregado
nas paredes dos quartos para cometer suas monstruosidades. Eles não sabem por
que e nem como ele age sem que eles percebam. No momento, a pergunta mais
importante é: quem será o próximo?
Como eu disse, este é disparado o melhor livro que eu já li
da autora. A agonia que toma conta do leitor o prende do começo ao fim. Você
desconfiará de todos, menos do assassino. Ele é esperto, calculista, frívolo,
detalhista, perfeccionista... Um artista. Como o livro entrega logo neste
título ridículo, ninguém sobreviverá, então posso entregar o final, que é a
parte mais empolgante: se todos morrem, quem era o assassino?
Por mais que você se esforce, por mais que você olhe para
todos os detalhes, por mais que você pense como um criminoso, jamais chegará a
entender o que se passa na mente dos assassinos e dos detetives de Agatha
Christie. Mesmo por que, se qualquer um conseguisse, ela não seria a Rainha do
Suspense. Esta grande autora pensa em tudo, para não deixar que nenhuma ponta
fique solta e escreve estas histórias fascinantes. Jamais me arrependi de algum
livro que eu li dela... Entretanto, se você quer um verdadeiro livro de
mistério, se você quer “O” livro da Agatha Christie, eu te recomendo “E não
sobrou nenhum”.
5 comentários:
Oi Gabi!
Eu li um monte de livros dela, mas faz tanto tempo que nem me lembro mais. Esse eu li, mas não lembrava mais da história. Mas um que eu gostei bastante dela e que eu ainda lembro vagamente é A mansão Hollow. Neste também o assassino é bem inesperado, me surpreendeu mesmo. E tenho a maior vontade de viajar no Expresso do Oriente (que existe mesmo) só por causa do livro;D
Beijos!
Fê
Oi Gabi!!!
Eu quero muto ler esse livro, sou louca por Agatha Christie.Passei muito tempo procurando ele pelo nome antigo, só depois vim descobrir que havia modificado. Se não me engano tem ele na Avon ;)
Adorei a resenha!
Seguindo ;) Segue meu blog tb?
Bjoo ;*
http://coisasdemeninasarteiras.blogspot.com/
Oi Fê e Neyla!
Fê, se tem um livro impressionante, que eu não esperava mesmooo que fosse o assassino é "Depois do Funeral"! Eu estou até agora boba com o final! Este livro que você citou eu ainda não li, mas pretendo (um dia, bem distante...) fazer uma coleção com todos os livros da Agatha Christie! Imagina, que sonho!
Neyla, sigo seu blog sim! Adorei! Quem sabe podemos fazer uma parceria hein? rsrsrsrs Seja bem vinda ao Abrindo os livros...!
Gabi, acredita que nunca li nada desta autora? Nossa, mas agora fiquei curiosa... vout entar encontrar esse livro!!
E será q a troca do titulo do livro foi uma dessas atitudes quet entam ser politicamente corretas e que as vezes acabam piorando a situação?
Olá, Fefa! Como assim, nunca leu um livro da Agtah Christie! Que pecado! Então você nunca passou pelas fortes emoções destes suspenses maravilhosos!
Quandto ao título, não sei qual o motivo, só sei que eu odeie. Estragou tudo! kkkk Mas a história não foi alterada e é isso que importa rs!
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