Título Original:
A
Storm of Swords
Autor(a):
George
R.R. Martin
Origem:
EUA
Tradução:
Jorge Candeias
Editora:
Leya
Ano de publicação:
2000
2000
Adoro livros que começam com emoção... Mas este começou com
injeções de adrenalina. Estamos com Samwell Tarly, eterno amigo de Jon que está
entre os selvagens a mando de Meia-Mão, que treina com um arco e flecha quando
um sopro soa ao longe para a Patrulha da Noite. Um sopro significa irmãos
retornando. Contudo logo em seguida, soa outro sopro, o que faz Sam se
encolher: inimigos se aproximando. Eles precisavam se armar para enfrentar os
selvagens quando, inexplicavelmente, soa o berrante uma terceira vez. Três
sopros significam... Que é melhor você correr.
Partimos logo em seguida para Jaime Lannister que agora
ganha voz na saga. Ele é prisioneiro de Catelyn Tully que, tonta do jeito que
é, o mandou juntamente com Brienne of Tarth para trocá-lo por suas filhas
(apesar de Arya já ter sumido). Um pouco do seu passado é revelado e explicado,
mostrando que o Regicida não é tão destituído de honra quanto todos pensam. Na
verdade, para mim, Jaime se mostrou um verdadeiro herói, sacrificando sua honra
por um motivo maior. Os diálogos entre ele e Brienne são engraçados, mas também
tem algumas mensagens: será que sabemos exatamente o que uma pessoa é só pelo o
que ela aparenta ser e pelo o que os outros falam?
Arya, Torta Quente e Gendry que também devia ter um Quente
no nome fugiram de Harrenhal em busca de Catelyn. Claro, como se trata da
Arya, as coisas não saem como o planejado e ela encontra um aliado que ninguém
imaginava. Ah! E a loba de Arya ainda está por ai, à espreita... Tenho fortes
inclinações para acreditar que as duas se unirão novamente.
Tyrion se recupera da Batalha da Água Negra (levanta a mão
quem pirou demais nesta batalha), após sua quase morte por um cavaleiro da
Guarda Real, mas recebe outro golpe logo no começo deste livro: Lord Tywin é o
novo Mão do Rei e ele, Tyrion, é deixado completamente de lado. Apesar de todos
os seus esforços para manter a Fortaleza Vermelha, as coisas em Porto Real
estavam péssimas e não melhoram em nada com o domínio de Tywin, apesar de toda
a sua inteligência e sagacidade. Mas, claro! Como conhecemos Tyrion muito bem,
ele não deixará isto barato e veremos do que ele é capaz ao fim do livro
(grande Tyrion... sem trocadilho).
Davos ressurge dos mortos. Na Batalha da Água Negra, todos
acreditavam que ele havia morrido, entretanto, neste livro veremos que o pirata
sofreu terrores: isolado em uma “ilha” rochosa, longe de tudo e de todos, sem
meios de ser salvo pois os navios não se aventuravam por aquelas águas graças
aos recifes, comendo o que o mar o mandava, planejando sua morte mas sem
coragem de executá-la. Por fim, milagrosamente, ele é resgato e levado ao lugar
onde o rei Stannis refugiou-se. Entretanto, Davos tem planos mais urgentes do
que ver seu rei: matar a mulher que o levou para a derrota, a sacerdotisa
Melisandre.
Sansa já começa seu capítulo mostrando a Sonsa que é: Margaery
Tyrell, que a substituiu no posto de futura rainha, a convida para um jantar.
Logo no começo, Sansa é manipulada por Margaery e sua avó, a Rainha dos
Espinhos, para casar-se com o irmão mais velho de Margaery. Obviamente que isto
é um golpe dos Tyrell, pois assim eles teriam poder com os Lannister e com os
Starks (já que Sansa seria a próxima na linha de sucessão do trono no Norte).
Mas claro que Sansa não pensa nisto, vendo apenas a situação romanticamente. Ela
também terá seu aliado para tentar fugir de Porto Real, mas esta parte é sempre
exaustiva, pois eles só conversam, ação que é bom nunca aparece.
Já o meio-irmão delicinha de Sansa está passando por uma
situação complicada e está com sérios problemas para se resolver com eles.
Agora que ele “supostamente” passou para o lado dos selvagens, Jon começa a se
perguntar sobre os seus valores e o que ele quer realmente da vida dele. Jon
acaba por conhecer Mance, o rei além da Muralha, e vê que ele não é um bárbaro
sem princípios. Na verdade, eu gostei muito deste personagem, ele se mostrou alguém
sensível, com ideais e valores, até mesmo honrado. Entretanto, ele está do lado
“errado”, daria um ótimo aliado, e tem péssimos companheiros. Há também uma
personagem que, como vocês devem ter imaginado, ganhará destaque: Ygritte. Pelo
amor, acho que todos que leram A Fúria dos Reis devem ter percebido que Jon
ganhou uma “namorada”. Bem, na Tormenta, este relacionamento será desenvolvido
e só piorará a indecisão de Jon.
Daenerys, em minha opinião, simplesmente brilhou neste
livro. Agora acompanhada do misterioso Barba Branca (atenção nele), Dany e seus
lindos dragões partirão para tomar cidades e mostrar o poder de um Targaryen. A
nascida da Tormenta mostra que deixou de ser a menina assustada do primeiro
livro e agora está pronta para ser uma rainha poderosa, implacável, mas também
justa. Sua sagacidade com os Imaculados (sem muitos detalhes) é surpreendente,
apesar de eu tê-la achado... Um tanto quanto tosca. Não explicarei muito este
ponto para evitar spoiler.
Já Bran, julgado morto, caminha com Hodor, Meera e Jojen
atrás do corço de três olhos. São capítulos bem exaustivos, mas também cheio de
entrelinhas que você precisa estar esperto para pegar. Bran começará a treinar
com Jojen para controlar melhor sua capacidade de trocar de pele com Verão,
pois é muito custoso para o garoto deixar sua liberdade de lobo para
aprisionar-se no corpo de aleijado. O objetivo é a Muralha e eles contarão no
final com um aliado inacreditável.
Catelyn continua a mesma decepção de sempre. O único
benefício dos seus capítulos é quando meu lindo e maravilhoso Robb aparece.
Vale também lembrar o quanto Robb amadureceu, tornando-se um rei firme,
persistente, capaz. Entretanto, assim como seu falecido pai, Robb é honrado e
isto poderá ter seu preço (como aconteceu com Ned). Catelyn tem seus longos
diálogos com seu irmão Edmure, seu tio Brynden Peixe-Negro e vela pelo seu pai moribundo.
Ela também se recrimina por deixar partir Jaime Lannister, pois isto custou a
lealdade de alguns vassalos de seu filho.
Este foi o livro mais triste da
saga, pois sofri uma grande perda. Relaciono o nome do livro com o número de
mortos que tem neste volume. Entretanto, esta obra... Ah, já disse que sou
suspeita para elogiar ASOIF, sou uma westerosi (uma Stark). Não tenho nem o
que falar de George R.R. Martin, ele é um gênio. Ele é surpreendente, levando o
leitor por uma linha – que ele julga saber o final – de repente muda o curso e
mostra que estavam todos enganados. Por isso ficou desconfiada de todas as
teorias que existem sobre a saga: Martin é cheio de surpresas.
P.S.: não se deixe assustar pelo
tamanho do livro. Sim, ele é um colosso, mas a história vale a pena.
2 comentários:
E como vale a pena, né, Gabi?
Você sabe que este é o meu preferido, junto com o quinto. Também é o que tem mais reviravoltas, e ritmo mais rápido, tudo acontece muito rápido. Os capítulos de meu amado Snowy Goodness (louquinha pra ver uma certa cena na série - hehe) são maravilhosas, pra mim as melhores do livro (sou suspeita, mas são as mais legais). Também amo o Jaime e os capítulos da Arya são muito legais também (ai, Gendry...). Bom, não tem muito o que falar sobre o livro, amo de paixão.
Adorei o novo lay, aliás. Ficou muito bonito :)
Beijos!
Fê
Livrão! Amei!
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