sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Passagem, de Justin Cronin


Foto da capa A Passagem.
Título Original
The Passage
Autor:
Justin Cronin
Origem:
EUA
Tradução:
Ivanis Calado
Editora:
Sextante
Ano:
2010




Primeiro, o imprevisível: a quebra de segurança em uma instalação secreta do governo norte-americano põe à solta um grupo de condenados à morte usados em um experimento militar. Infectados com um vírus modificado em laboratório que lhes dá incrível força, extraordinária capacidade de regeneração e hipersensibilidade à luz, tiveram os últimos traços de humanidade substituídos por um comportamento animalesco e uma insaciável sede de sangue. Depois, o inimaginável: ao escurecer, o caos e a carnificina se instalam, e o nascer do dia seguinte revela um país – talvez um planeta – que nunca mais será o mesmo. A cada noite, a população humana se reduz e cresce o número de pessoas contaminadas pelo vírus assustador. Tudo o que resta aos poucos sobreviventes é uma longa luta em uma paisagem marcada pelo medo da escuridão, da morte e de algo ainda pior. Enquanto a humanidade se torna presa do predador criado por ela mesma, o agente Brad Wolgast, do FBI, tenta proteger Amy, uma órfã de 6 anos e a única criança usada no malfadado experimento que deu início ao apocalipse. Mas, para Amy, esse é apenas o começo de uma longa jornada – através de décadas e milhares de quilômetros – até o lugar e o tempo em que deverá pôr fim ao que jamais deveria ter começado. A passagem é um suspense implacável, uma alegoria da luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.
(texto retirado da contracapa do livro)


Quem ler A Passagem vai reparar em uma grande semelhança entre o livro e o filme “Eu sou a Lenda”, com Will Smith. Os vampiros são praticamente idênticos – olhos brilhantes, pele translúcida, dentes enormes, memória completamente apagada – e o simples fato da população ter sido quase dizimada, sobrando apenas algumas colônias. No começo, eu acreditava que o filme tinha sido baseado neste livro, mas depois a história tomou outro rumo e não tinha nada a ver com nada ali...
A história é a saga de Amy, uma menina que é abandonada em um convento pela mãe prostituta depois desta cometer um assassinato e sumir misteriosamente. Amy passa a ficar sob os cuidados da freira Lacey, uma mulher de passado sombrio e macabro.
De repente, a história parte para alguns e-mails muito estranhos e suspeitos. Acho que o autor só queria dar um ar de suspense e terror à história, porque o personagem que envia os e-mails nem aparece mais no livro. As mensagens começam super empolgadas e maravilhosas, mas, aos poucos, a coisa começa a ficar assustadora e termina com um “agora eu sei porque os soldados estão aqui.”. Uhhhh!!! Medinho!
Mas a história já muda novamente de figura e parte para Wolgast e Doyle, dois agentes do FBI. Por algum motivo que nem mesmo eles sabem, os agentes estão retirando prisioneiros condenados à morte da cadeia e entregando ao governo para algum fim misterioso.
 Wolgast ainda tenta superar o divórcio de sua mulher, pois, desde que eles perderam sua filha de um ano, a mulher não aguetava ficar dois minutos perto dele sem chorar (e sabe o que ela fez? Desculpe contar, mas ela casou com outro! Coitado do Wolgast...). Doyle é mais um personagem secundário, aparece apenas como o ajudante bem-humorado que sonha com uma vida de sucesso no FBI. No começo eu não gostava dele, mas depois ele ganhou meu afeto.
Bem, Wolgast e Doyle tinham acabado de tirar Anthony Carter da cadeia (preste muita atenção neste cara no livro! Ele é importante!), quando recebem a informação de que devem “seqüestrar” mais uma pessoa para o governo. Porém, desta vez, não se tratava de um bandido, mas de uma menina: Amy.
Vai acontecer uma confusão desgraçada (mentira, foi muito legal) enquanto Wolgast tenta tirar Amy de Lacey, que parece ter se cativado muito com a menina e não vai deixar que ninguém a leve embora. Porém, se ele não conseguir pegar Amy, a história termina não é verdade? Depois que Wolgast leva Amy, um laço muito estranho se estabelece entre os dois e parece que aquela menina é a filha que ele perdeu. A dúvida fica cravada então na sua cabeça: o que fazer? Entregar ao governo para algum motivo suspeito ou fugir com ela para criar a filha que ele tanto amou?
Não vou contar o que aconteceu, claro! Só vou dizer que ele vai descobrir o que estava acontecendo com os prisioneiros: estavam realizando alguns testes muito estranhos, onde um cientista louco acreditava ter descoberto a cura para todas as doenças. No laboratório onde estavam fazendo as experiências, vocês vão conhecer Zero. Muita atenção neste cara também! Ele é ainda mais importante que o Carter. E não se assustem com o jeito parado e frio dele: é estratégia. Ah! E mais uma coisa: é no dia em que Wolgast descobre a verdade sobre estes testes que a humanidade estará perdida.
Deixando isso à parte, partiremos para 80 anos mais tarde, para o que seria a última colônia que se formou depois que uma grande leva de vampiros quase acabou com o mundo, porém haviam sido criados fortes muito bem iluminados para proteger algumas crianças escolhidas na sorte que seriam o futuro do planeta.
O personagem principal é Peter Jaxon, que está preocupado com seu irmão Theo (maravilhoso! Bobo, mas maravilhoso) que fora seqüestrado pelos vampiros. Ele mora em uma das colônias, porém um grande perigo se aproxima lentamente: a bateria que mantêm as luzes acesas e os vampiros bem longe está acabando e, em breve, a escuridão tomará conta trazendo consigo os monstros.
Eu também não vou contar se as luzes vão ou não vão se apagar, mas vou dizer que Peter irá conhecer Amy, que misteriosamente aparece no portão da colônia, quando todos achavam que eram os últimos sobreviventes no planeta inteiro. Confiante de que existiam mais pessoas vivas por aí, Peter, junto com Amy, Alicia (sua melhor amiga que ele ama), Sarah (a namorada largada), Michael (irmã de Sarah), Hollis (um cara que veio junto...) e Mausami (namorada de Theo, que foi junto porque acredita que seu amor esteja vivo em algum lugar), saem da colônia e partem em uma jornada incrível que mostrará no que o mundo se tornou.
Antes de mais nada, eu quero dizer que estou me remoendo de ódio até agora porque o Peter não ficou com a Sarah. Desculpa os spoilers, mas foi a pior parte do livro. Raiva! Coitada da Sarah, fez de tudo para que ele amasse e o Peter fica com a Alicia! Meu Deus... Foi deprimente.
Mas tirando isso, a livro foi bem legal, bem elaborado... Não sou muito fã de livros apocalípticos, mas este foi bem interessante. Achei apenas que o autor, Justin Cronin, fez muito suspense e mistério, deixava muita coisa no ar e isto era muito ruim, porque eram muitas dúvidas a serem armazenadas e respondidas depois. Tinha que ser mais claro em alguns pontos e mais objetivo. Gostei da ideia dos Doze (você vai entender quando ler), gostei do Zero com seu jeito calculista e frívolo, do Carter e do Wolgast, paternal até o último instante. Mas principalmente do Theo. Não que ele tenha tido uma grande participação no livro, mas ele era o líder, pelo menos até ser seqüestrado (hehehehehe). Às vezes, ele era muito bobo, mas a história dele com a Mausami foi muito bonita, deu uma cor no livro sombrio. E eu até que gostei do Peter, mas a escolha dele foi assim... Decepcionante.  
O próximo livro está previsto para este ano e eu quero ler muito porque, como é típico do autor, ficaram muitas coisas para resolver. Sem contar que o último acontecimento foi chocante. O que será que aconteceu com o grupo?

2 comentários:

Fefa Rodrigues disse...

Gabi... Crônicas do gelo e Fogo realmente é viciante... qd minha mãe me ve lendo Tormenta de Espadas ela diz "Não acredito que vc vai ler este livro enorme!!"... como se ela não me conhecesse!!!

Quanto a Queda de Gigantes, é supreendente de tão bom, não é mesmo??? Perfeito... e no começo eu tbm queria que a Ethel e o Conde ficassem juntos... mas depois, pensando bem, se fosse assim ela nãot eria ido tão longe e eu imagino que os descendetes dela foram ainda mais longe!!!

Não gostei muito do maridod ela tbm... além disso, faltava paixão entre eles... mas, no fundo, foi melhor assim!!! hehehehe

Estou louca pela continuação tbm...

Dany disse...

Gabi seu blog é lindo tem muitos livros que eu já li e amei, as resenhas são ótimas,é muito bom pra gente que gosta de ler ter a oportunidade de trocar ideias assim.
Mas falando do livro A Passagem foi pra mim uma experiencia incrível eu até sonhava com os personagens as vezes. Eu amei e não vejo a hora de ler os doze. Abraços.
Dani

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