quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Inferno, de Dan Brown

Título Original: 
Inferno
Autor(a):
Dan Brown
Origem:
EUA
Tradução:
Fabiano Morais e Fernanda Abreu
Editora:
Arqueiro
Ano de publicação:
2013

Desde O Código Da Vinci, Dan Brown está entre os escritores contemporâneos mais lidos e, para não decepcionar seus leitores, está sempre com uma novidade. Apesar de “O símbolo perdido” não ter entrado para a minha lista de favoritos, o mesmo não pode ser dito de “Inferno” que eu defino em uma palavra: polêmico. Principalmente pela conclusão inesperada e o tema delicado que foi abordado sobre superpopulação.
Novamente temos o professor universitário Robert Langdon na trama, dessa vez ambientado pelas ruas das grandes metrópoles italianas (se eu fiquei com uma vontade absurda de visitar a Itália? Imagina...). Nosso professor acorda em uma cama de hospital sem memória e com um ferimento à bala. Não sabe onde está e nem como foi para lá, mas ele não tem muito tempo para descobrir, pois logo uma mulher de preto e cabelo curtos invade seu quarto e tenta matá-lo. Porém ele conta com a ajuda da jovem e bela doutora Sienna Brooks que mostra-se de uma inteligência excepcional, quase sobre-humana.
Langdon e Sienna fogem pelas ruas de Florença e, se não estivessem sendo perseguidos por uma assassina, ouso dizer que seria um passeio romântico (afinal, quem não quer andar com seu homem por Florença?). Ao chegar ao apartamento dela, Langdon tenta desvendar o motivo para estar na Europa, já que ele não se lembrar sequer de ter deixado o campus da universidade. Enquanto Sienna busca roupas mais apresentáveis para Robert com o vizinho, o professor descobre algumas coisas sobre sua ajudante como o fato dela ter sido uma criança prodígio, com prêmios cultuados de inteligência antes mesmo de ter dois dígitos de idade. Isso o faz se perguntar o porquê um gênio como ela é uma simples médica.
É naquele pequeno apartamento que a trama começará a se desenvolver. Sienna encontrou costurado no paletó de Robert um cilindro metálico com o aviso de risco biológico e, depois de um breve susto, ao abrirem-no encontram a reprodução de um quadro famoso de Botticelli, “Mapa do inferno”, inspirado na obra de Dante Alighieri, “Inferno”. Robert não entende como está portando um objeto daqueles, mas as respostas devem estar em Botticelli e em Alighieri.
Contudo, uma reviravolta: Robert liga para o consulado americano para buscar respostas de sua presença em território florentino, mas se surpreende ao constatar que seu próprio país enviou uma tropa de choque para encontrá-lo. Seja lá o que ele fizera no período em que perdeu a memória, a situação não era boa.
Perseguidos não somente pela assassina, mas também por aqueles soldados, a dupla improvável fará uma jornada pelos maiores museus de arte da Itália e desenterrarão (quase literalmente) os mortos. Uma grande personalidade que terá muito destaque é o próprio poeta Dante Alighieri e sua tocante história de amor com Beatriz, que infelizmente não teve um final feliz, apesar de ter sido um amor eterno. E eu, uma compulsiva por livros, fiquei com uma vontade absurda de ler “A Divina Comédia”.
Conforme vai desvendando sua falta de memória, Langdon percebe que tem uma missão muito maior do que salvar a si mesmo: ele precisa salvar a humanidade de um cientista obcecado com o poema épico dantesco, pois de alguma forma ele planeja resolver a situação de superpovoamente que atinge o mundo, colocando em risco a existência da humanidade. Não é apenas o equilíbrio da natureza que sofre com o excesso de pessoas, mas em algum momento não haverá espaço e comida suficiente para todos. A solução proposta por esse cientista é chocante e, como eu disse sobre o livro, polêmica.
Mas para aqueles que pensam que a história ficará apenas em Florença, se enganam! Veneza e Turquia entram nesse espetáculo de locais. Então você, meu lindo leitor, se pergunta: mas o que diabos a Turquia tem a ver com Inferno? Para você, meu caro, as reviravoltas que o livro dá. Para quem está cansado do bom e velho EUA ou da nublada Londres, esse cenário quase esquecido irá sugar-lhe a mente.
Mas não são apenas os cenários que me chamaram a atenção: os quadros, esculturas e livros abordados por Dan Brown roubaram meu coração. Todos os seus autores, suas histórias, seus significados e seus enigmas são impressionantes, não tem como não ficar boquiaberto com o passado de alguns. Este livro vale a pena apenas por todo esse tour entre obras.
E claro, a trama. Eu, lerda como sempre, em nenhum momento desconfiei do vilão e suas intenções. Os personagens misteriosos que resolvem explicar-se somente no final do livro também me surpreenderam. Arrisco-me a dizer que esse foi um livro que chocou a maior parte de seus leitores com as explicações inesperadas.

P.S.: desde Assassin’s creed II, tenho uma vontade anormal de ir à Itália. Alguém esta a fim de me levar até lá? 

Um comentário:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Afilhadinha!

Eu confesso que não estou muito empolgada para ler reste livro, justamente porque me decepcionei com O Símbolo Perdido. Se cair nas minhas mãos (Símbolo minha irmã pegou emprestado) eu até leio, mas não tenho pressa nenhuma.

Beijos!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...